segunda-feira, 28 de novembro de 2011

15 ♥ Carta para a pessoa da qual tens mais saudades

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 Um grande cantor disse uma vez: "Saudade é um sentimento que quando não cabe no coração, escorre pelos olhos". E, acredites ou não, é a mais pura de todas as verdades.
 Já partiste há 4 meses e cada dia que fica para trás faz a saudade que cá deixaste aumentar de forma quase absurda. Agora que não estás mais aqui parece que cada palavra tua, que antes parecia esquecida, ressurge. Cada uma no momento perfeito... Parece tão estúpido como essas palavras que a memória guardou faziam muito mais sentido quando ditas por ti. Porque essas eram as tuas palavras, e ninguém as fazia soar tão verdadeiras como tu. Porque só tu sabias que precisava-mos e que devia-mos ouvir aquilo, mesmo quando nem nós sabia-mos. Sabias que precisava-mos de ouvir aquilo, daquela mesma maneira e naquele exacto momento. Mas hoje sei que, afinal, só o precisava-mos de ouvir de ti. Porque só tu o dizias como mais ninguém.
 "Liga-lhe!", "Fala com ele." , "Vai ter com ele!". Já pensei tantas vezes em ligar-te. Mas, e depois? Acho que isso só ia ajudar a dor a encontrar-me. E eu já estou demasiado desfeita para me magoar de uma forma tão pouco sensata.
 Ir ter contigo só me lembraria de que já não estás mais connosco. E não são umas visitas remotas que consolam a falta que nos fazes ou que desfocam a tua ausência na nossa sala. 

 A vida muda, mas nem sempre é fácil aceitar e acompanhar essa mudança. Nem sempre essa mudança é justa e na altura indicada. 
 E esta mudança foi rápida demais. 
 O grupo tornou-se a minha segunda família, mas as coisas estão tão diferentes sem ti, Rui. Podias não ser O grupo, mas contigo saiu metade do que éramos. E é disso que realmente sinto falta. Do que éramos quando cá estavas. Sinto falta do calor da nossa família. Mas, sobretudo, sinto saudades de esperar de domingo a sábado, ansiosamente, pelas nossas duas horas assim como uma criança aguarda a chegada do Pai Natal. 




[para ti, Rui Miguel da Mota Alves]


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

chamas no gelo


 Há dias que doem mais que outros.  Dias como este, em que tudo parece imóvel e demasiado frio, branco e silencioso. Vazio demais. São em dias como o de hoje que mais sinto a ausência dos teus braços em meu redor.
 Existem muitos hoje. Muitos dias em que parece que o próprio ar te magoa e gela o coração. E sabes o que eu faço nestes dias, meu querido? Deixo-o gelar. Deixo-me arrefecer numa perfeita harmonia com os dias. Porque só assim, gelado, o posso impedir de arder e ficar em cinzas; só assim o consigo manter inteiro e a salvo. Porque só assim, deixando-o gelar, o consigo manter forte o suficiente para sobreviver.

 Porque quem amou como eu te amo, sabe que tudo é preferível à dor de um coração em chamas. Mesmo deixares-te morrer por dentro, gelado. 
Ninguém aguenta tal dor. Muito menos eu.


quinta-feira, 24 de novembro de 2011


"As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido"

Fernando Pessoa
(É tudo por hoje.)

sábado, 12 de novembro de 2011



Nunca disse que levaste contigo o meu sorriso.
  Só que não havia mais motivos para ele aparecer na tua ausência.
Mas, meu querido, se tu podes ser feliz, eu também. Eu mereço isso!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

esta noite.


Mais uma noite. Mais um sonho.                                                          

 Hoje, corria atrás de nada. De uma justificação para a tua ausência e para a falta das tuas palavras e gestos que só eu compreendia.
 Sabes o que mais doeu ? Descobrir que não havia nada para encontrar. E que encontrar esse nada, não faria qualquer diferença - tu nunca voltarias.
 Foi insensato sonhar novamente contigo, eu sei. Sobretudo quando sei que nada do que faça te irá fazer voltar a adormecer comigo ou dizer o quanto sou importante para ti. Sim, eu sei que fui importante para ti. Mas também sei que não podia ter feito mais do que fiz, que não te podia ter amado mais do que aquilo que ainda amo. 
 Sei que foi insensato, mas foi tão bom saber que o meu subconsciente não obedeceu às ordens que tenho tentado impor a este irracional coração e a este indeciso consciente, e que por isso a tua memória está ainda tão acesa em mim. A verdade é que eu nunca te quis esquecer. Só não queria receber a dor que o teu silêncio causa em mim. 
 Querer-te fora da minha cabeça a toda a hora, foi só uma maneira de manter os teus fantasmas afastados. Mas nada disso tem conseguido manter-te longe de todo. Tu teimas em aparecer todas as noites com o sorriso que eu tanto amo, e fazes todos os meus esforços e medos de te perderem parecerem nada mais que estúpidos.  


 Como disse, esta noite mais uma vez descobri uma coisa contigo:
 l Às vezes as coisas mais insensatas, são as que 
mais desejamos. As que mais gostamos de viver l