Há anos em que crescemos e mudamos radicalmente. Mesmo sem nos apercebermos.
Anos que passam a voar, mas com dias que demoram meses a passar. Há anos, como este, que nos ensinam a ver com outros olhos o que a vida nos dá; a saborear cada momento como se fosse o último; a aceitar que nem sempre a vida tem de ser feita de sonhos para ser perfeita e saber a contos de fadas.
2012 ensinou-me muito e deu-me ainda mais.
Deu-me uma segunda família, um amor que não sabia existir. Mostrou-me coisas novas e que há sempre um motivo para sorrir. Ensinou-me a lutar e aceitar as derrotas. E que o importante não é chegar mas sim partir. Porque as melhores coisas encontram-se pelo caminho. Algumas delas perdemos por não as sabermos guardar enquanto tentamos agarrar o desconhecido, ou por elas próprias terem decido partir e seguir o seu caminho. Outras, tal como tu meu amor, vêm até nós e dão-nos a mão até ao fim. Seja ele qual for.
Hoje olho para o que sou e lembro-me do que costumava ser. E apercebo-me que acima de tudo, apreendi a levantar-me depois de cair, mesmo com a dor e os joelhos arranhados. Aprendi que por vezes temos que nos deixar ir e esquecer o que sonhamos para sermos felizes. E que, mesmo não parecendo, essas surpresas que a vida nos dá são melhor do que aquilo que gostávamos de receber. Basta deixarmos.
