para sempre ♥

  A ti, Joana. A ti que te tornaste mais que uma amiga, mais que uma irmã; que me trouxeste uma parte de mim que há muito procurava, deixo-te isto. 

  Para que a chuva não o estrague, para que o fogo não o queime, para que o vento não o leve para longe de ti. Para que parte de nós resista ao futuro que leva consigo apenas as simples memórias, recordações, mais tarde esquecidas e substituídas. Para que sempre saibas o quanto te amo, deixo-te isto.

  Amo-te de uma forma estranha, desconhecida. Eu nunca tinha amado tanto uma parte de mim... Preocupar-me de forma tão intensa com essa parte.  É algo que não se consegue evitar, sabes? Que te conduz, e não o contrário. Uma força que te impede de a esqueceres, que rejeita e afasta a ideia de ela não existir.

  Dava-te tudo. Uma lágrima minha por um sorriso teu. O meu silêncio por a tua voz - é tão agradável ouvir-te. E nada disso, nada, alguma vez algum escritor ou poeta, pintor ou compositor conseguirá descrever. Seja como for. Nunca se conseguirá descrever algo tão perfeito. Não uma descrição aproximada sequer do que é sentir isto. Esta sensação de segurança, conforto e paz, que te deixa preenchido de uma forma que nunca imaginaste. Eu nunca imaginei. Eu nunca pensei merecer tal sensação. Mas, mesmo assim, tu deste-ma. Sem condições ou hesitações.  Deste-me mais num mês do que alguma vez anos da minha companhia e amizade te poderão dar. Mais do que posso dizer-te.  


Para que nunca te esqueças que te amo. 
Para que, se o tempo cumprir a sua função e te roubar as memórias de que faço parte, leias estas palavras e te lembres. Te lembres que um dia, um longo dia sem fim agendado, te amei como quem ama uma irmã. A irmã que só tu me deste.

  Com todo o amor da tua, para sempre, irmã,

  Patrícia Vaz.

Sábado, 8 de Outubro de 2011