histórias,

 "O tempo passa. Mesmo quando tal parece impossível. Mesmo quando cada tiquetaque do ponteiro dos segundos dói, como que um palpitar do sangue sob a ferida. Passa de forma irregular, em estranhos avanços e pausas que se arrastam."
 Mas lá passar, passa. Até para mim. Para mim, que vivo um minuto à espera que o seguinte te traga com ele. Ou que, pelo menos, me traga uma resposta. 

 E é verdade - eles passam. Por entre segundos e horas intermináveis, lá passam. Um depois do outro, e sempre vazios. Qual sala desabitada, entoada por suspiros e memórias. 
 
 Deixo-os passar livremente por mim, sem me preocupar em apanhar a viagem. Custa-me pensar em deixar a nossa história inacabada para trás sem antes lhe dar um fim. Sempre nos contaram histórias com finais felizes. E então, quando comecei eu mesma a desenhar os caminhos das minhas próprias histórias e romances, descobri que finais felizes nem sempre acontecem; descobri que muitas vezes (vezes demais) o final pertence à personagem que tínhamos como secundária. Descobri e aprendi, que - bem ou mal; por nossa vontade ou escolha de outro - os finais acontecem sempre. Acontecem de forma inevitável, e sempre cedo de mais.
 Mas eu preciso de um final para esta história. Por favor, escreve-o rápido.